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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

As pessoas passam amigos ficam para sempre


gatos se abraçando
Gatos Amigos

Sair de uma pensão e fui morar com quatro amigos. Em uma casa térrea, que estava localizada quase em frente ao banco que trabalhava, era só atravessar a rua e chegava. A casa tinha: Dois dormitórios, um banheiro, uma sala, cozinha, e uma pequena lavanderia; Também tinha um fogão velho, um ferro para passar as roupas, e alguns cordões, que servia de varal para estender as poucas roupas que ficavam na mala, porque guarda-roupa era luxo e não tínhamos; Não tinha, Televisão, internet, geladeira, forno de microondas, e nem máquina de lavar. Mas confesso a você, mesmo sem todos esses aparelhos domésticos citados, que hoje ninguém vive sem tê-los, não fizeram falta e passamos um bom tempo, felizes nessa casa. Eu citei que eram quatro amigos, vou recordar agora: um deles trabalhava na empresa - telestar, que era do grupo da Telebrás, natural do Estado de Alagoas, e tinha o seu primo, era carioca e trabalhava em um escritório de contabilidade, o outro era funcionário público, e o quarto que trabalhava no correio, mas passou uns tempos, e chegou também outro, que era vendedor de livros , esse era muito divertido, andava sempre em um fusca do ano de 1.960 mais ou menos. Desses meus companheiros não tive mais contatos com eles, só um deles que veio a morar comigo logo depois em são Paulo, minha próxima moradia; Esse meu amigo de São Paulo, voltou para Brasília, e aí estive uma vez com ele, depois passou mais ou menos vinte anos que não tinha contato, descobri ele na internet, peguei o seu endereço e fui até o seu encontro lá no Estado de Pernambuco, morando em uma ilha bem tranqüilo e realizado, foi muito divertido. Vou deixar aqui o nome dos que não tenho contato, quem sabe eles encontram esta publicação aqui: ( Mailson-Alagoas, Valdeck-Rio de Janeiro, José Alberto-Brasília, Edilson-Brasília ). O tempo separa muitas pessoas, mas um grande amigo, está sempre presente no coração da gente. "Amigo é coisa para se guardar, debaixo de sete chaves, dentro do coração, assim falava a canção que na América ouvi, mas quem cantava chorou, ao ver o seu amigo partir, mas quem ficou, no pensamento voou, com seu canto que o outro lembrou, e quem voou, no pensamento ficou, com a lembrança que o outro cantou, amigo é coisa para se guardar, no lado esquerdo do peito, mesmo, que o tempo e a distância digam "não", mesmo esquecendo a canção, o que importa é ouvir, a voz que vem do coração, pois seja o que vier, venha o que vier, qualquer dia, amigo, eu volto, a te encontrar, qualquer dia, amigo, a gente vai se encontrar "( Canção da América- Milton Nascimento ).    

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Cidade de Curvelo caminho do Ouro

Estação Ferroviária
Antiga Estação Ferroviária de Curvelo
Igreja de São Geraldo em Curvelo
Catedral de São Geraldo Magela









Aos seis anos de idade fui morar na cidade de Curvelo, até completar dezoito anos, morei com meus pais, duas irmãs, e dois irmãos, até terminar o ensino médio. Foi o período em que tive a oportunidade de viver com os meus queridos pais, e também com meus quatro irmãos, passou muito rápido e não percebi, quando parei para pensar já estava em outro lugar, com outras pessoas, e nunca mais tive a oportunidade de viver ao lado dos pais, e com todos os meus irmãos, pois o amanhã não será as mesmas vinte e quatro horas de ontem. Quanto mais tempo a gente convive com uma pessoa, fica conhecendo melhor. Sua história de vida, o que ela gosta de fazer, seus hábitos, suas roupas, suas reações e muito mais; Gostaria de ter vivido muito mais ao lado de meus pais, para poder ter este privilégio de poucos aqui neste planeta, e também conhecer um pouco mais de cada um de meus irmãos. Curvelo é uma cidade com muitas festas boas, no começo do ano tem o carnaval, depois vem a exposição de gados de corte e de leite, também com comidas típicas mineiras, apresentação de rodeio, com cavalos e touros, atrações musicais das mais diversas, e com as mais lindas mulheres. Depois acontece no meio do ano a festa sertaneja, conhecida como "forró de Curvelo", melhor festa da região, pois são barracas cobertas por material natural da mata, tipo bambu, palha-de-milho, pindoba e outras todas enfeitadas com os mais bonitos arranjos já vistos, também entre os participantes destas barracas há uma disputa para saber qual é a mais bonita e charmosa. Em seguida acontece a festa de "São Geraldo Magela", que esta já é conhecida por todo o Brasil, vem romeiros de todos os cantos, é uma semana de festa e no último dia a Cidade de Curvelo parece ser uma Capital, com ônibus de todos os lugares, com barracas por todos os lados, gente indo e vindo de todos os cantos da Cidade, também tem comida de todo tipo, mais vou indicar para você visitar a cozinha da igreja, localizada no salão paroquial que é a melhor desta festa, acontece a procissão com o Santo "São Geraldo Magela", com direito a queima de fogos na chegada da procissão, e a realização de uma grande missa, as vezes com o bispo. Também tem o encontro nacional de motociclistas, e outras festas que não tive a oportunidade de conhecer.  

Lugar para desfrutar a natureza e curtir a vida

festa no Morro da Garça
Festa da Lavoura


festa no Morro da Garça
Morro da Garça












Logo nos primeiros dias de vida, fui morar no campo com meus pais, em um sítio. Foi o melhor da minha vida porque estive ao lado dos meus pais, e irmãos e era só farra. Andava de cavalo, de carro- de- boi, charrete, nadava no rio, pescava, passeava pelos matos e vizinhança, ajudava meu pai a plantar, milho, feijão, arroz, cana-de-açúcar, mandioca, banana, também ajudei a limpar as plantações de enxada, roçava o pasto com uma foice, e cortava lenha com machado para a fornalha. Já corri muitas vezes de vaca brava, quando ia prender os bezerros à tarde no curral, para no outro dia pela manhã meu pai tirar o leite. O leite um pouco era desnatado para fazer manteiga, ou fazia queijo, ou doce de leite , e o restante era vendido na cidade para poder pagar as despesas da casa. Lembro também das carreiras atrás de um frango, quando minha mãe pedia para pegar que ia fazer para o almoço, se o cachorro não fosse bom para catar, os meninos que tinha de fazer este trabalho. Quando matava um porco para guardar a carne, a minha mãe colocava sobre a cabeça uma bacia cheia do intestino do bicho, e pedia para eu ir com ela até o córrego para limpar. Na colheita da mandioca era bom, porque fazia farinha na casa de uma vizinha, e aí tinha de descascar toda a mandioca, depois ralava na máquina, com um cavalo puxando para moer, em seguida era torrada a massa da mandioca no fogão a lenha, e ai que vinha a coisa boa, saia um belo de um café quente acompanhado de beiju de mandioca. Na colheita do milho, ajudava sempre a minha mãe, a fazer pamonha doce, e mingau de milho; Também tinha milho cozido ou assado. Tinha dois irmãos, o mais velho, era o companheiro de jogar bola, pescar, e lidar com os bichos, tenho muita saudade dele, o mais novo era pequeno e muito magro, mas gostava de dar palpite em tudo, não podia escutar uma conversa que ele encostava para dar o recado, este hoje é meu vizinho em São Paulo, e estou sempre com ele. E minha irmã mais velha que foi minha companheira estava sempre presente em tudo que já citei aqui, e que muitas vezes pegamos chuva juntos, indo da cidade para o sítio de carroça, de carro-de-boi, de cavalo, hoje moramos longe um do outro mas sempre nos falamos. Nosso sítio foi de minha avó paterna, e já faz muitos anos que pertence a nossa família. O sítio fica próximo do Morro-da-Garça, que é uma pequena cidade vizinha. No Morro-da-Garça, é onde acontece todos os anos uma festa dos produtores rurais, com uma variedade de comida típica mineira, venda de produtos agrícolas, apresentações musicais sertanejas, locais e também atrações com cantores famosos; Mais o ponto alto desta festa é o desfile de carro-de-boi, com carros-de-boi com até dez bois puxando o carro, todos enfeitados, e aí é uma disputa pra valer para saber qual é o carro mais bonito, com direito até da garota mais bonita da região ser a rainha da festa. Este é o lugar certo para desfrutar a natureza e curtir a vida. "Espere minha mãe estou voltando, que falta faz pra mim um beijo seu, o orvalho das manhãs cobrindo as flores, e um raio de luar que era tão meu, o sonho de grandeza, ó mãe querida, um dia separou você e eu, queria tanto ser alguém na vida, apenas sou mais um que se perdeu, Pegue a viola, e a sanfona que eu tocava, deixe um bule de café em cima do fogão, fogão de lenha, e uma rede na varanda, arrume tudo mãe querida, o seu filho vai voltar, mãe eu lembro tanto a nossa casa, as coisas que falou quando eu saí, lembro do meu pai que ficou triste, e nunca mais cantou depois que eu parti, hoje eu já sei, ó mãe querida, nas lições da vida eu aprendi, o que eu vim procurar aqui distante, eu sempre tive tudo e tudo esta ai" (música de: Carlos Colla, Mauricio Duboc e Xororó).


Fogão a Lenha
Fogão de lenha